A Polícia Federal indiciou Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio. No último domingo (23), o ex-deputado atirou e jogou granadas contra agentes que compareceram a sua casa, no interior do Estado do Rio, para cumprir ordem de prisão preventiva. As acusações correspondem não só aos policiais que ficaram feridos, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura e não foram atingidos.
A ordem que mandou Jefferson de volta à prisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite de sábado (22), em razão do descumprimento reiterado de medidas cautelares. O ex-deputado cumpria prisão domiciliar desde janeiro. Uma das condições para manter a prisão em casa é não usar redes sociais.
Depois de resistir à prisão por horas, Roberto Jefferson foi capturado no início da noite de domingo, por volta das 19h. Ele está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do STF, Alexandres de Moraes, afirmou que a conduta de Jefferson, ao atirar nos agentes policiais, pode configurar, em tese, tentativa de duplo homicídio.
Logo após atacar a PF neste domingo, Jefferson chegou a repetir o lema do presidente Jair Bolsonaro: ‘Deus, pátria, família, vida e liberdade’.
A uma semana do segundo turno das eleições, Jair Bolsonaro (PL) tenta se descolar da imagem de seu aliado. Ao longo do dia, o chefe do Executivo endureceu o tom contra Jefferson – primeiro lembrou que uma queixa-crime impetrada pelo ex-deputado contra ele por suposta prevaricação; depois, chamou o político de ‘criminoso’: “O tratamento dispensado a quem atira em policiais é o de bandido”.
(Com Estadão Conteúdo)
Este post foi modificado pela última vez em 24 de outubro de 2022 17:10
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