Pobreza no Brasil tem aumento recorde e atinge maior nível desde 2012

Em 2021, cerca de 62,5 milhões de pessoas (ou 29,4% da população do país) estavam na pobreza, considerando-se as linhas propostas pelo Banco Mundial. Entre estas, 17,9 milhões estavam na extrema pobreza. Foram os maiores números e os maiores percentuais de ambos os grupos, desde o início da série, em 2012. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Publicado por

Bárbara Pereira

2 de dezembro de 2022 15:45

Entre 2020 e 2021, houve aumento recorde nestes dois grupos: o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7% e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%.

O Banco Mundial adota como linha de pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.

(1/8) O IBGE lançou hoje a Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira – 2022. O estudo levantou características sobre os temas Trabalho, Saúde e Pobreza. 🧶 pic.twitter.com/i3DKT4RSE5
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) December 2, 2022

Confira outros dados divulgados pelo IBGE:

Crianças menores de 14 anos abaixo da linha de pobreza: 46,2% (maior percentual da série);
Pretos e pardos abaixo da linha de pobreza: 37,7% (praticamente o dobro de brancos, com 18,6%);
Estados com maior proporção de pessoas pobres: Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%);
Rendimento médio domiciliar per capita: R$ 1.353 (menor nível da série histórica);
Homens receberam 5,9% a mais que as mulheres, enquanto pretos e pardos permanecem ganhando metade do rendimento dos brancos.