Quais serão os próximos passos do ativismo anti-aborto?

A vitória do movimento pró-vida, com a revogação do direito constitucional ao aborto em solo americano, pode ter sido o início de um período de mudanças. Os defensores dos direitos reprodutivos das mulheres estão de olho para evitar maiores reveses.

Publicado por
João Caminoto

Após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter suspendido o direito ao aborto legal, o debate sobre a garantia dos direitos reprodutivos de mulheres e pessoas gestantes ganhou um novo tom, dentro e fora do país. A decisão, assentada em fundamentos conservadores, pode ter reflexos políticos, culturais e ideológicos sobre outros territórios e pautas importantes para as mulheres.

Pesquisa embrionária

  • A pesquisa com embriões humanos, utilizada para investigar tratamentos de doenças como diabetes e aprimorar a fertilização in vitro, é legal apenas em alguns estados americanos. Desde 1995 o investimento em pesquisa embrionária está congelado nos EUA. Com a revogação do direito ao aborto, este ramo pode sofrer ainda mais restrições com base nos mesmos argumentos utilizados pelo movimento anti-aborto. A ala condena qualquer tipo de ameaça à vida “potencial”, definida como aquela que existe a partir do momento da fertilização. Os embriões, ou “seres humanos não nascidos”, tiveram ainda nomenclatura alterada para “crianças não nascidas” nos nove estados onde foi derrubado o direito ao aborto, imediatamente após a decisão da Suprema Corte.

Deslocamento forçado

“Este corpo não é um campo de batalha política #ChegaDeProibições” em Comício que pedia pelo direito ao aborto (Minnesota, 2019). Foto: Lorie Shaull/Flickr

Longo combate da oposição

Curto Curadoria

Foto do topo: Mulher segurando cartaz que diz “Se homens engravidassem o aborto seria sagrado” na Conferência Nacional para Mulheres em 01/01/1977. A fotografia ilustra o livro “Spirit of Houston: The First National Women’s Conference”.

Este post foi modificado pela última vez em 28 de novembro de 2022 11:46

João Caminoto

Jornalista com mais de 30 anos de experiência, ocupei diversos cargos - desde repórter, passando por correspondente internacional até diretor de redação - em diversas casas, como o Estadão, Broadcast, Época, BBC, Veja e Folha. Me sinto privilegiado em ter abraçado essa profissão. Apaixonado pela minha família e pelo Corinthians.

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