A China, uma república socialista dirigida pelo Partido Comunista da China, é uma das civilizações mais antigas do mundo. Além das tradições e particularidades que chamam atenção para esta parte do mundo, a China tem um papel único na dinâmica político-econômica mundial. Vem cá que o Curto explica por que a China é tão importante para o mundo todo?
O nome oficial da China é República Popular da China.
O país tem a maior população mundial: mais de 1 bilhão e 400 milhões de habitantes no terceiro maior país territorialmente. Atualmente, possui a segunda maior economia do planeta, portanto…
Mas, para você entender a importância desse gigante asiático, é preciso conhecer um pouco de história.
A China tentou impedir o comércio de ópio, que vinha da Inglaterra, para os chineses.
A guerra foi sofrida, e por mais que a China tenha sido o país a inventar a pólvora, não tinha sido inserida na revolução industrial da Europa, então, tinha menor poder de fogo.
A China batalhou contra o Japão entre 1839 e 1949, e esse ficou conhecido como “o século da humilhação chinesa”.
Os anos de guerra fizeram com que a nação asiática se tornasse, até a década de 1990, um dos países mais pobres do mundo.
Entre 1958 e 1961 a população viveu a grande fome chinesa, o país estava num patamar de miséria.
O país priorizou a revolução industrial e deixou faltar comida para a população: milhares morreram, mas não se sabe o número ao certo.
Em 1978 a China passou por uma transformação política e transformou-se numa economia socialista: investiu em fábricas, com uma mão de obra extremamente barata.
Com isso, a China foi responsável por 10% de toda a produção global e virou a fábrica do mundo. O PIB cresceu e a renda per capita também.
Em 2013, o presidente Xi Jinping refletiu sobre a tecnologia, e percebeu que o país precisava investir nisso para se tornar competitiva futuramente.
O país começou a apoiar quatro empresas tecnológicas: Alibaba, Tencent, Baidu e Iflytek. E assim criou um ecossistema valioso, já que as empresas têm o compromisso de manter as tecnologias abertas para outras empresas chinesas.
No ocidente, as empresas implementam leis bem fortes sobre proteção de dados, o LGPD.
Na China, as empresas têm todos os dados dos usuários e nenhuma regra contra isso. Mais fácil, né?
Então, quem tem mais informações sobre os cidadãos, tem potencial de construir os próximos impérios, caso faça um bom trabalho.
A China tem mais de 400 milhões de câmeras com tecnologia de reconhecimento facial espalhadas pelas ruas, capazes de identificar cada pessoa. O estado consegue controlar a vida da população para que sigam as regras, já que as empresas compartilham os dados dos cidadãos com o governo. Um sistema eficaz para a segurança pública, e para o cumprimento das as regras de trânsito.
Falando em potência econômica mundial, a China está atrás dos Estados Unidos, mas é considerada o país que mais cresceu economicamente nos últimos 25 anos. Anualmente, o PIB do país cresce cerca de 10%. As riquezas por lá ultrapassam os US$12 trilhões.
A China é uma das melhores nações para investimentos estrangeiros, segundo a Organização Mundial do Comércio.
Em 2017, a China exportou cerca de US$2,41 trilhões e importou US$1,4 trilhões, segundo o Observatório de Complexidade Econômica.
A China é cada vez mais relevante na economia do Brasil, se considerado o destino das exportações brasileiras. A gigante asiática movimenta cerca de US$35 bilhões por ano.
A exportação do Brasil para a China teve uma alta de 2.900%, se comparar com o começo da série histórica, em 1997.
Para Alexandre Ratsuo Uehara, doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco (FRB), o crescimento da China é sustentável no médio e longo prazos porque o país tem percebido e combatido as próprias fraquezas. O professor conversou com a Agência Senado sobre o potencial da China.
Ainda de acordo com o estudioso, a China era conhecida por produtos considerados “descartáveis”, mas hoje fornece itens de valor agregado com o desenvolvimento dos seus recursos humanos. Uehara lembrou que o país investe no sistema de ensino superior e em tecnologia nas universidades.
“A China aparece entre as cinco primeiras parceiras em importação e exportação, se olharmos as principais economias do mundo. Ela está no mundo inteiro, dona de marcas multinacionais que fazem parte do nosso dia a dia”, complementa.
Por isso, o professor considera importante o Brasil incluir a relação com a China entre as prioridades da política externa.
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