Créditos da imagem: AFP

Tratamento do Talibã às mulheres pode constituir crime contra a humanidade

O tratamento dado pelo regime Talibã a mulheres e meninas no Afeganistão pode ser considerado perseguição por gênero e, portanto, constituir um crime contra a humanidade, disseram especialistas da ONU nesta sexta-feira (25). Desde que voltou ao poder no país, o Talibã impôs uma interpretação muito rigorosa do Islã e introduziu progressivamente regras mais rígidas.

“Nos últimos meses, as violações das liberdades e direitos fundamentais das mulheres e meninas no Afeganistão, que são as mais graves e inaceitáveis do mundo, aumentaram acentuadamente”, consideram especialistas independentes, que são comissionados pela ONU, mas não falam em nome da organização.

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Essas restrições recentes, como a proibição de frequentar parques em Cabul, bem como medidas discriminatórias anteriores, “devem ser investigadas como perseguição baseada em gênero (considerada um crime contra a humanidade) para serem processadas sob o direito internacional”, enfatizou Richard Bennett, relator especial sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão.

Bennet também se associou a membros do grupo de trabalho contra a discriminação contra mulheres e meninas. Eles pedem ao Talibã, que retornou ao poder em agosto de 2021, que respeite os compromissos do Afeganistão com os direitos humanos.

Estão entre as restrições de gênero:

  • Fechamento das escolas de ensino médio para meninas;
  • Funcionárias são excluídas da maioria dos empregos públicos;
  • Obrigatoriedade de cobrir-se com um véu completo;
  • Mulheres não podem viajar sozinhas para fora da cidade, além de serem proibidas de frequentar parques, jardins, academias ou banheiros públicos.

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(Com AFP)

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