Veja os destaques do Curto Verde: estimativa aponta que desastres naturais causaram prejuízos de US$ 115 bilhões no mundo este ano; MapBiomas revela que a Amazônia é o bioma com mais pastagens no Brasil; ONU pede forte investimento público e privado para proteção ambiental até 2025; e a Petrobras anuncia Plano Estratégico 2023-2027, com metas para reduzir suas emissões.
Os prejuízos econômicos causados por catástrofes naturais no mundo atingiram 115 bilhões de dólares nos primeiros dez meses do ano, informou a resseguradora Swiss Re nesta quinta-feira (1º).
“O furacão Ian, juntamente com outras tempestades de inverno na Europa, inundações na Austrália e na África do Sul, bem como chuvas de granizo na França e nos Estados Unidos, representa perdas estimadas de 115 bilhões de dólares até o momento”, segundo um comunicado do grupo suíço.
O furacão Ian, a catástrofe com maior prejuízo neste ano, acarretou custos entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões, disse a Swiss Re, que tem como objetivo garantir as seguradoras.
Para o grupo com sede em Zurique, este furacão é o segundo desastre natural com maior prejuízo econômico da história, atrás apenas do furacão Katrina em 2005.
Nas últimas duas décadas, a área de pastagem cresceu 40% na Amazônia. No mesmo período, esse tipo de cobertura de solo diminuiu substancialmente na Mata Atlântica (28%) e no Cerrado (10%), onde 10,2 milhões de hectares foram transformados em lavouras temporárias.
O avanço das pastagens sobre a Amazônia a colocou no topo da lista dos biomas com maior área, em termos percentuais, com 36%. Com exceção de Minas Gerais, com 19,3 milhões de hectares, os outros dois estados líderes em área de pastagens no Brasil ficam na Amazônia Legal: Pará (21,1 milhões de hectares) e Mato Grosso (20,2 milhões de hectares).
Os dados fazem parte de um mapeamento inédito do MapBiomas, que foi apresentado nesta quarta-feira (30). Ele revela que o principal uso dado ao solo brasileiro continua sendo a pastagem: de toda a área desmatada no Brasil, que já se aproxima dos 35% do território nacional, aproximadamente 90% foram ou continuam sendo pastagem.
O mundo deve aumentar drasticamente o financiamento de ações para proteger e restaurar ecossistemas naturais e modificados para atingir as principais metas de clima, biodiversidade e degradação da terra – afirma a ONU em um relatório divulgado nesta quinta-feira (1º).
O estudo é lançado às vésperas de uma reunião de delegados de quase 200 países, em Montreal, na próxima semana, para elaborar um novo acordo global sobre biodiversidade.
Segundo o informe “Estado das finanças para a natureza” (*), publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os investimentos devem aumentar para US$ 384 bilhões por ano até 2025, mais do que o dobro dos atuais US$ 154 bilhões por ano.
Até 2030, serão necessários fluxos financeiros de US$ 484 bilhões anuais para ações de gestão sustentável dos ecossistemas para enfrentar desafios como limitar os níveis de aquecimento global abaixo de 1,5°C, interromper a perda de biodiversidade, alcançar a neutralidade na degradação da terra e muito mais, de acordo com o relatório.
A Petrobras anunciou, na noite desta quarta-feira (30), seu plano estratégico para o período entre 2023 e 2027.
O plano prevê US$ 4,4 bilhões para iniciativas de baixo carbono, que serão destinados, em sua maioria, à redução da intensidade das emissões das atividades principais da companhia.
Os objetivos anunciados são a neutralidade de carbono em suas atividades e na energia adquirida até 2050. Até o fim da década, a meta é reduzir essas emissões de dióxido de carbono (CO2) em 30%. Outros compromissos incluem o fim da queima de metano e a reinjeção de 80 milhões de toneladas de CO2 equivalente usando sistemas de sequestro de carbono.
O Programa Petrobras Carbono Neutro e o Fundo de Descarbonização, que têm o objetivo de financiar soluções para reduzir as emissões da companhia, também foram reforçados, diz o comunicado – o fundo passou de US$ 248 milhões no período passado para US$ 600 milhões.
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