Energia solar vai superar o petróleo em investimentos pela 1ª vez em 2023, diz AIE

Os investimentos em energia solar devem superar pela primeira vez, em 2023, os valores gastos com a extração de petróleo, destaca a Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê, no entanto, uma recuperação do financiamento de combustíveis fósseis.

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Isabella Caminoto

Os investimentos em tecnologias neutras em emissões de carbono, estimulados pela crise energética e climática, devem totalizar este ano 1,7 trilhão de dólares (8,4 trilhões de reais), contra US$ 1 trilhão (R$ 4,94 trilhões) para o petróleo, gás e carvão, afirma a AIE em seu relatório anual sobre investimentos (🇬🇧), publicado nesta quinta-feira (25).

As energias neutras em carbono incluem as renováveis (eólica, solar, etc.), assim como a nuclear, bombas de calor ou baterias de carros elétricos. Os investimentos no conjunto destas atividades devem registrar um aumento de 24% no período 2021-2023.

Os valores destinados aos hidrocarbonetos e ao carvão continuam, por sua vez, avançando a um ritmo de 15% por ano.

“A energia limpa avança rapidamente, de maneira mais acelerada do que muitos imaginam”, afirmou o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.

“Para cada dólar investido em energias fósseis, 1,7 é destinado atualmente para energias limpas. Há cinco anos a proporção era 1-1”, acrescentou.

A energia solar é a “estrela”, com “mais de um bilhão de dólares por dia de investimentos” e um total previsto de 380 bilhões em 2023, acima dos US$ 370 bilhões que serão destinados à exploração e extração de petróleo, destaca o relatório anual da AIE.

Outro exemplo: o investimento na geração de energia elétrica é dominado em 90% atualmente por tecnologias de baixa emissão de carbono.

A tendência foi reforçada com o impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço das energias fósseis e pelas medidas de apoio às energias renováveis na União Europeia, China e Estados Unidos.

O rei sol e o rei carvão

A AIE, vinculada à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), alerta, no entanto, para desequilíbrios no processo, amplamente concentrado na China e nos países de economias avançadas.

Há sinais de progresso na Índia, Brasil e Oriente Médio, mas em outras regiões os investimentos em energias limpas estão muito atrasados, destaca a entidade, que pede a mobilização da comunidade internacional para remediar a situação.

“Isto coroa a energia solar como uma verdadeira superpotência energética, que está emergindo como a maior ferramenta que nós temos para a rápida descarbonização de toda a economia”, afirmou Dave Jones, do centro de pesquisas para questões energéticas Ember.

“A ironia é que alguns dos lugares mais ensolarados no mundo registram os menores níveis de investimento em energia solar. E este é um problema que exige atenção”, acrescentou.

A AIE também aponta que os gastos em prospecção e exploração de petróleo e gás aumentarão 7% este ano, um nível similar ao de 2019, o que afasta o mundo da possibilidade de alcançar a neutralidade de carbono até meados do século.

A agência destacou em 2021 a necessidade de descartar todos os novos projetos de exploração de energias fósseis para avançar em direção aos objetivos.

A neutralidade de carbono, que significa emitir menos gases do efeito estufa que os que o planeta consegue absorver, é necessária para que o aquecimento global não supere o nível de 1,5ºC na comparação com a era pré-industrial, com o objetivo de evitar impactos climáticos graves e irreversíveis.

A demanda de carvão, porém, atingiu um nível recorde em 2022 e os investimentos no setor este ano serão seis vezes superiores ao que a AIE recomenda ter em 2030 para que o planeta alcance a neutralidade de emissões.

As grandes empresas de petróleo e gás destinaram no ano passado menos de 5% de seus gastos de produção para as energias com baixa emissão de carbono (biogás, eólica, etc.) e à captura e armazenamento de carbono.

(Com AFP)

Leia também:

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Este post foi modificado pela última vez em 25 de maio de 2023 14:08

Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.

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