Esse é apenas um dos desafios do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC) da ONU, que se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (28), em Punta del Este. O encontro de governantes pretende trabalhar em um acordo global que ponha fim à poluição por plásticos.
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“Sabemos que o mundo é viciado em plástico. O mundo criou uma crise do plástico”, afirmou a secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen, em entrevista coletiva.
“E os plásticos têm efeitos nocivos para a saúde, deixam uma grande pegada… Mas esta não é uma guerra contra o plástico em si, é uma guerra contra o plástico no meio ambiente”, explicou.
O INC foi criado após a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ANUE), a mais alta instância internacional nessa matéria, realizado em março passado em Nairóbi, como parte de uma negociação “histórica” para se chegar ao primeiro acordo global contra a poluição por plásticos.
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O objetivo do comitê é produzir um texto juridicamente vinculante até 2024. Sua criação constitui o maior avanço ambiental desde o Acordo de Paris sobre o clima para combater o aquecimento global, firmado em 2015.
Durante cinco dias, o balneário uruguaio receberá representantes de mais de 190 Estados que trabalham juntos na busca de soluções para reduzir os resíduos plásticos despejados no meio ambiente e que ameaçam a biodiversidade do planeta.
Os plásticos representam pelo menos 85% do lixo marinho, segundo a ONU. A cada minuto, o equivalente a um caminhão de lixo de plástico é jogado nos oceanos. Se nada for feito a respeito, até 2040, projeta-se que a cada ano, o equivalente a 50 quilos de plástico chegará ao oceano por cada metro de costa em todo o mundo.
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(com AFP)
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