Varíola dos macacos: a desinformação também mata

O crescente número de casos de varíola dos macacos no país está causando a morte não só de humanos, mas também dos animais. Os macacos - que não representam risco algum no atual surto da doença - estão sendo vítimas da desinformação.

Publicado por
Isabella Caminoto

Macacos estão sendo encontrados mortos ou com sinais de intoxicação em regiões do país.

Suspeita-se que os animais tenham sido atacados pela população devido ao crescente número de casos de varíola dos macacos. 

Mas você sabia que eles não representam nenhum risco no atual surto da doença?

Apesar do nome da doença fazer referência ao animal, isso se dá pela descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958.

No entanto, o reservatório animal – ou seja, aquele que carrega o vírus sem apresentar sinais clínicos – permanece desconhecido, embora seja provável que esteja entre os roedores, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. (OMS*)

No atual surto da doença, a transmissão do vírus ocorre de pessoa para pessoa por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e de banho.

Em declaração feita ao G1, a Sociedade Brasileira de Primatologia esclareceu que “o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas”. (G1)

A entidade ainda ressaltou que os macacos são vítimas como nós (humanos) e que o receio de contágio por transmissão desta e de outras doenças, como a febre amarela, pela proximidade com os animais não se justifica.

A Sociedade Brasileira de Primatologia pede que – caso você possua algum macaco e, por receio desta doença, não se sinta confortável em mantê-lo – entregue o animal aos órgãos competentes, IBAMA ou Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS, mesmo que ele não seja de origem legal.

Curto curadoria:

Foto de destaque: Reprodução/Flickr

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(🇬🇧): conteúdo em inglês

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Este post foi modificado pela última vez em 9 de agosto de 2022 11:59

Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.

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