EUA em foco e a guerra entre Biden e Trump: por que as eleições de meio de mandato são tão importantes?

Será que o democrata Joe Biden conseguirá manter a maioria que tem hoje no Congresso dos Estados Unidos (EUA)? Ou o controle do Senado e da Câmara de Representantes vai voltar para as mãos dos republicanos, que vão tentar obstruir as políticas do presidente Biden? E Donald Trump? Como as eleições podem fortalecer sua candidatura para a presidência no futuro? A resposta a isso tudo virá na terça-feira (8), durante as eleições de meio de mandato dos EUA. Estão em jogo a Câmara de Representantes, 30 assentos no Senado, 36 governadores e praticamente todas as assembleias locais.

As chamadas eleições de meio de mandato – midterms – são considerada um momento de aprovação ou desaprovação do ocupante da Casa Branca. Em mais de 160 anos, o partido do presidente raramente escapou da punição.

PUBLICIDADE

E para que essa histórica tradição se repita, republicanos – inflamados pelo ex-presidente Donald Trump – fazem uma intensa campanha (com direito a fakes news, exageros e ameaças) nas redes e nas redes sociais.

Muitas delas já estão sendo disseminadas aqui no Brasil por apoiadores de Jari Bolsonaro, que veem num possível retorno de Trump um apoio para incursões golpistas no Brasil :

Biden e Trump convocam multidões na véspera de eleições legislativas

Joe Biden e Donald Trump iniciam um frenético último dia de campanha, nesta segunda-feira (7), véspera das eleições de meio de mandato que marcarão o restante da gestão do presidente dos Estados Unidos e que podem abrir caminho para o retorno de seu antecessor à Casa Branca.

PUBLICIDADE

De acordo com as pesquisas, os republicanos ganharão a maioria na Câmara dos Representantes na terça-feira, e muitos democratas temem perder o Senado também. Uma derrota que, se ocorrer, deixará o Congresso nas mãos da oposição, quando Biden ainda tem dois anos de governo pela frente.

É tudo o que Trump quer para voltar a ser o candidato dos republicanos para a presidência.

O cenário político tem se inclinado contra os democratas desde o verão. Eles concentraram seus argumentos finais no direito ao voto, na proteção do acesso ao aborto e na assistência social e, no caso de Biden, na ameaça representada pelo crescente apoio dos republicanos de Trump às teorias da conspiração política.

PUBLICIDADE

Democratas tentam convencer os americanos que o partido de Trump não tem propostas para a economia e ainda querem retirar direitos já conquistados. Hoje, Biden tuitou: “Os republicanos do Congresso adotaram planos para cortar a Previdência Social e o Medicare – como reduzir benefícios ou aumentar os custos para os aposentados e aumentar a idade de aposentadoria. Eles nem estão escondendo.”

Donald Trump Júnior, filho do ex-presidente republicano – apela para o medo da violência: “Vote para trazer segurança de volta à nossas cidades”.

A mentira sobre fraude eleitoral

Em um comício no fim de semana, Trump – que continua lançando falsas alegações de que a eleição de 2020 foi fraudada – acusou os democratas, a quem chamou de “radicais e insanos”, de causar “a decadência e a queda dos Estados Unidos”.

PUBLICIDADE

Na última pesquisa nacional da NBC News, 48% dos prováveis eleitores disseram preferir um Congresso controlado pelos democratas, enquanto 47% gostariam dos republicanos no comando.

No entanto, 80% dos eleitores de inclinação republicana dizem que com certeza irão às urnas ou já o fizeram, de acordo com uma nova pesquisa do Washington Post-ABC News, seis pontos acima dos democratas.

Veja também:

Fonte: AFP

Rolar para cima