Após o ataque à creche em Blumenau - o segundo este ano contra instituição de ensino - o ministro da Justiça, Flavio Dino, determinou a instauração de inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar a atuação interestadual de organismos nazistas. As delegacias de crimes cibernéticos devem atuar para reprimir esses grupos de ódio que estão cooptando jovens também no Brasil.
Pelas redes sociais, o ministro Flávio Dino pontuou as prioridades do governo em relação ao combate à crimes de ódio e células fascistas e neonazistas que se proliferam na internet:
Segundo o ministro, células extremistas que atuam nas redes sociais, por exemplo, poderiam responder por crimes já previstos na Lei 7.716/89, que penaliza pessoas que atuam em discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Uma onda crescente de crimes violentos em instituições de ensino causam preocupações: na semana passada, uma escola em São Paulo também foi alvo de um atentado e uma professora foi morta.
Em março, outro massacre que escandalizou o país, ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), onde sete pessoas morreram completou quatro anos.
De acordo com as investigações, os autores do crime – que se suicidaram – eram ativos em fóruns da internet, onde predominam os discursos de ódio misóginos, supremacismo branco, bullying e nazismo. Esses discursos continuam reverberando entre a juventude.
Entenda alguns termos:
Um relatório com diagnóstico desse tipo de violência nas escolas e possíveis soluções foi elaborado na transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022, intitulado “O extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às escolas e alternativas para a ação governamental.”
O documento mostra que no Brasil – desde a primeira década dos anos 2000 – houve 16 ataques em escolas, dos quais quatro no segundo semestre do ano passado, com 35 mortos e 72 feridos.
Na quarta-feira (5), o governo federal prometeu atuar nas escolas com uma cultura de paz e não violência na sociedade e instituiu Grupo de Trabalho Interministerial para propor políticas de prevenção e enfrentamento da violência nas instituições. Também foram liberados R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país.
(Com informações da Agência Brasil)
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Este post foi modificado pela última vez em 6 de abril de 2023 19:42
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